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Nossas impressões sobre o Violentango 3!

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Olá, pessoal!

Entre os dias 17 e 20 de abril rolou lá na Argentina o Torneio Violentango 3, organizado pela liga 2×4 Roller Derby. A Ladies teve a honra de ser a única liga brasileira presente no evento e representou nosso país com garra, honestidade e muita alegria. No total, participamos de três jogos: contra a 2×4, contra a Metropolitan Roller Derby e também tivemos algumas de nossas jogadoras participando do jogo que trouxe a Seleção Argentina contra o combinado “União Latina”, composto de jogadoras chilenas e brasileiras.

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Ladies no Violentango. Foto: Nestor Sebastian Benitez

 

Não foi dessa vez que conseguimos trazer um título para o Brasil, mas a experiência de estar na track com jogadoras tão experientes, fortes e amigas foi superior a qualquer medalha. São em campeonatos como esses que temos a chance de colocar em prática tudo o que treinamos e, de brinde, ainda saímos de lá com o dobro de aprendizado, amizades e histórias para contar.

Falando em história pra contar, convidamos algumas das nossas jogadoras que estiveram no Violentango desse ano para contar pra gente como foi a experiência de jogar com as derby girls mais talentosas da América Latina. Vamos ver o que elas tem a dizer?

 

Daph Bludger #15
Jammer/Blocker – Vice-presidente da Ladies of HellTown

Segundo campeonato internacional das Ladies e mal consigo conter meu orgulho em fazer parte dessa liga. Foi tão legal, tão divertido! Exatamente como no primeiro, mas dessa vez com mais jogadoras e um pouco mais de experiência. Ainda estamos engatinhando e temos taaaaanto pra aprender, mas mais uma vez vimos que estamos no caminho certo e como disse a incrível jogadora Mad Flaca em mensagem para as Ladies, “esto es solo el comienzo”.

Nosso time estava quase completo dessa vez. Treinamos novas estratégias, estamos patinando melhor e a experiência adquirida no Latino-Americano fez toda a diferença. Se na Colômbia tivemos a chance de jogar com as RRQ, no Violentango jogamos contra 2×4 e foi uma tremenda aula de Roller Derby.

Em seguida jogamos com Metropolitan do Chile e foi muito disputado. Até me lembrou nosso jogo com as Catrinas do México na Colômbia, mas ainda mais apertado. O que também mostra como evoluímos.

Pela primeira vez fui uma das jammers primárias, e se na Colômbia achei muito legal ser double threat, agora também achei maneiríssimo ser só jammer! Me diverti muito, mesmo passando mal nos dois jogos e jogando menos do que costumo jogar.

Só temos que agradecer as anfitriãs 2×4 pela chance de participar e a todo mundo que participou por tudo que aprendemos. Principalmente 2×4 e Metropolitan pelas grandes partidas. E no meu caso, agradeço também ao Team Argentina pelo ótimo jogo contra a União Latina, time formado por brasileiras e chilenas que jogou junto pela primeira vez pouco tempo depois de se conhecer. Foi muito legal! \o/

Daph Bludger  no Violentango. Foto: Nestor Sebastian Benitez

Daph Bludger no Violentango. Foto: Nestor Sebastian Benitez

Atom Coackroach #31
Jammer e Coach temporária da Ladies of HellTown

Minha trajetória como coach temporária das Ladies começou um pouco trágica, e terminou de forma muito honrada. Faltando 2 meses para o campeonato, machuquei o joelho em um treino do Team Brasil. Fiquei muito chateada, pois sabia que não me recuperaria a tempo de jogar. Perdida, pois já havia pago as despesas da viagem, informei a situação ao time todo. Foi quando duas jogadoras me encorajaram a viajar com elas de qualquer forma, pois qualquer forma de apoio seria importante pra elas.

No treino seguinte a esta conversa fui convidada a ser a coach do time durante o campeonato, já que nossos coachs não poderiam estar presentes. Com muito medo, por nunca ter ocupado esse cargo no time, abri meu coração e minha mente e aceitei a proposta. Aqui, cabe uma observação: já me contundi outras vezes no derby, e sempre que não podia treinar/jogar eu ajudava meu time como referee ou como NSO. Mas como coach?! Não me sentia capacitada pra ocupar um cargo tão importante dentro do time. Eu, que sempre admirei e respeitei os coachs acima de qualquer coisa, agora ia ocupar aquele cargo!

E comecei minha trajetória me dedicando ao máximo: ajudando a passar treinos; prestando o máximo de atenção possível em cada jogadora; perguntando aos coachs tudo que eles já sabiam, e a opinião deles sobre tudo que eu observava – como se cada treino/jogo fosse uma prova prática; assistindo jogos, sempre em busca de treinar meu olhar para cada estratégia; etc.

E assim, chegamos ao campeonato. Agora, posso revelar: eu estava tão nervosa! Mas eu precisava tentar, com todas as minhas forças, mostrar confiança e tentar acalmar minhas ladies! Então, nem no final do dia, depois dos jogos, eu falava que não havia ficado nervosa – se não, como confiariam em mim no dia seguinte?! E o mais incrível é que lá passei por situações que eu não havia treinado: cuidar da saúde de algumas (ajudar com curativo, ir ao hospital, dar remédio), acalmar os ânimos, cuidar da alimentação das moças, dos horários do ônibus… Descobri que ser coach é quase como ser mãe! E ainda tem que entender do jogo, das estratégias, saber questionar faltas indevidas em espanhol… É muita doidera! Mas, foi delicioso! Foi incrível! Fiquei sem voz, mas aprendi coisas demais nesses 2 meses! Obrigada, minhas Ladies, por me permitirem estar com vocês nesse momento tão sensacional, e ocupando um cargo que eu, particularmente, admiro tanto (agora que sei o trampo que dá, admiro ainda mais!).

Atom no Violentango. Foto: Corey Gorey

Atom no Violentango. Foto: Corey Gorey

Sakura Quad Captors #148
Jammer da Ladies of HellTown

Participar desse campeonato com as Ladies foi uma experiência muito boa. Estou na liga há 4 meses e nunca imaginei que fosse para o Violentango com elas. Treinamos intensamente, tive que entender em pouco tempo as estratégias e a forma como cada jogadora age na track… Foi fueda, eu estava nervosa pra caralho, mas no final deu tudo certo!

Mesmo não tendo ganho nenhum dos jogos, acho que tivemos uma experiência muito boa jogando com times excelentes e aprendendo muito com eles. Não esperava ganhar o MVP (Most Valuable Player) pelas Ladies, por que todas foram excelentes na track e acho que todas são valiosas e cada uma tem a sua função. O trabalho em equipe é fundamental no Derby, uma jogadora só não conta historia nenhuma! Confesso que morri de vergonha quando me chamaram lá na frente, mas foi super divertido!

E agora vamos treinar horrores, melhorar o que precisa ser melhorado e ficar mais foda!

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Sakura no Violentango. Foto: Nestor Sebastian Benitez

 

E é isso, pessoal! Estamos muito felizes com a campanha das Ladies no Violentango e só temos a agradecer a nossas hermanas argentinas da 2×4 por terem nos convidados a fazer parte desse evento tão bacana, que reuniu tantas pessoas incríveis e com a mesma paixão que nós temos pelo Roller Derby. Agora, vamos voltar nosso foco para os treinos e jogos que estão por vir. No Roller Derby, você sabe, sempre tem uma emoção esperando para acontecer. E as Ladies, como já é de costume, estão prontas pra XAPULETAR!


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